sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Feliz 2010
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Um Diário Nada Secreto - Capítulo 1
domingo, 6 de dezembro de 2009
AMIGOS BLOGUEIROS
sábado, 5 de dezembro de 2009
Medo - Vida
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Semana Internacional do Combate ao HIV

Estamos na semana mundial do combate ao HIV. Dia 1º de dezembro, ao ligar a televisão era comum vermos reportagens, especiais e campanhas publicitárias com o foco neste tema. É triste saber que tal campanha só ocorre na primeira semana de dezembro, mas ainda assim, mesmo que fosse abordado em outros dias do ano, será que traria resultado?
Em entrevista ao SBT Repórter, dois jovens disseram algo realmente preocupante. Sob a pergunta da repórter “qual o momento em que se deve deixar o preservativo de lado”, uma garota respondeu, “quando começa a tomar pílulas?”, outro respondeu, “quando se está namorando sério, porque você passa a confiar na pessoa e consegue saber se ela está mentindo ou não”.
Infelizmente isto é uma realidade. As grandes maiorias das garotas associam o preservativo com a gravidez, e os meninos justificam a ausência dele no álcool. Diante de tal informação, não é de se admirar que a cada ano cresce o número de portadores do HIV. Tomo eu como exemplo, e espero que você leitor do meu blog, entenda isso de uma vez por todas!
HIV não tem cara.
Eu confiei, acreditei e amei. Foi em um casamento de 3 anos, que eu adquiri a minha sorologia positiva. O amor não é imune ao HIV. Por favor, entendam isso.
Sou portador do vírus, mas confesso que ainda não sei o que tê-lo. Sei que terei muitos desafios a enfrentar pela frente, mas ainda não sei quais e como lidarei com isso. Tive a sorte de descobrir minha sorologia logo no início. Segundo a contagem feita pelo o meu infectologista, devo estar infectado a cerca de 3 anos. Foi num exame de rotina que descobri. Ainda é muito cedo, meu CD4 está muito bom e minha carga viral bem baixa. Mas os dias irão passar, o vírus se manifestará no meu organismo e o inevitável ainda irá acontecer. Para eu passar de HIV a AIDS, é uma questão de tempo.
Com todo esta minha história, quero reforçar que o HIV não tem cara. Quem me vê, jamais passa pela a cabeça da pessoa que sou positivo. Um rapaz alegre, saudável e bonito. Prova disso foi a minha última relação sexual, onde o rapaz se sentiu confortável em transar comigo sem camisinha. Sou a prova viva de que o HIV pode ser lindo e atraente. Cabe a cada um preservar sua vida.
Atualizando meu cotidiano.
Aquele rapaz com quem eu estava saindo, acabou. Fui rejeitado pela segunda vez. Acho que já estou me acostumando com isso. Visto que a nossa química estava crescendo e com isso, a probabilidade de um novo romance nascer achei coeso ele saber o que carrego em meu sangue. O que aconteceu não foi nenhuma surpresa, ele fugiu. Mas o que me assustou, é que mesmo ele sendo um professor, um formador de opinião, ele me disse à besteira: “Caraça, e nós nos beijamos (...)”. Não dei a resposta que ele merecia, deixei-o em sua ignorância. Uma pena, porque eu realmente estava gostando dele. Mas vale dizer que ele não é uma má pessoa, de uma certa forma eu até o entendo, ele se assustou diante de uma situação inédita em sua vida e não soube como lidar com isso. Torço pela felicidade dele.
Decidi que irei investir no meu ex relacionamento. Ele já não me trata mais como um ficante. Ainda não transamos e isto está me incomodando demais. Já deu tempo dele amadurecer a idéia e me encarar. Não dá mais para ficarmos somente com preliminares. Não forcei a barra até agora, porque quis dar este tempo a ele, porém, o maior desgaste do nosso relacionamento de 4 anos, se deu pelo fato de ele ser extremamente cômodo em tudo na sua vida. E estou notando que ele já se acomodou a não transar comigo. Amanhã durmo na casa dele, com certeza rolará um tesão, se não houver sexo eu não darei continuidade e direi a verdade – já é tempo!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A encrenca está no ar...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
ATUALIZANDO
Há relacionamentos e relacionamentos.
Em tese, o Kyle está certo numa parte. O (-) sempre terá uma certa neura.
Nesta comunidade eu sou odiado por alguns, amado por outros e para tantos me caibo no termo "não fede e nem cheira". Independentemente do que pensam de mim, uma coisa é fato:
- Sempre fui muito transparente, tanto aqui quanto em meu blog.
Uso os dois veículos de comunicação, quase, se não o próprio diário mesmo.
Quando descobri minha sorologia e revelei ao meu namorado, ele teve a mesma reação do cara que o Kyle mencionou, só não usou o termo aidético.
Terminamos e um mês depois ele me procurou dizendo que me amava e que me queria de volta, e bla bla bla. Porém, ele pediu para eu entendê-lo e deixar que as coisas fluam naturalmente, sem pressões. E que juntos, voltaríamos a ser como éramos antes.
Estamos juntos a pouco mais de 15 dias, ou já fez um mês, sei lá; ainda não tivemos relação (com penetração). Ele ainda não se sente seguro.
É uma situação complicada. No inicio eu achava que tudo bem, por gostar dele e por ter concordado em irmos devagar. Mas confesso que esta história já está me enchendo o saco. O mundo está girando, meus dias passando e pretendentes a mil, basta sair a procura, isso para qualquer um.
Aí me bate a questão:
- Vale mesmo a pena ficar com um cara que não se esforça em transar de verdade? Quando ele pediu um tempo, achei que isso representava no máximo alguns climas calientes (...) já tivemos vários e ainda nada.
Quando ele passou a fazer oral em mim sem preservativo, a principio eu não deixei. Ele insistiu e eu deixei a camisinha de lado. Achei isso uma grande evolução, eu certamente não correria tal risco se fosse o contrário. Com isso, pensei - daqui para a transa será um pulo - o que não é surpresa, como em tudo na vila dela, esta se tornou uma situação cômoda. Estagnou.
Conhecendo um pouco mais, tive outra constatação. O mundo gay por si só é promiscuo, gay e (+) parece que chega a ser pior (salve algumas exceções).
Ainda não sei que decisão tomarei em relação ao meu atual relacionamento, porque de verdade - eu não preciso disso. - mas ao mesmo tempo, eu penso que se terminar, não ficarei buscando por (+) ou (-), apenas ficarei no sinal verde. O que aparacer, apareceu.
Se for um soronegativo (...) se eu vou contar (...) ? Não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza, tomarei todos os devidos cuidados para não infectar quem estiver comigo.
Relacionamento por si só já é complexo, na nossa situação então (...)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
ATUALIZAÇÕES - PASMEM!!!
15h35
É correto sentir-se bem com o fim de um casamento de 3 anos e meio? Este foi o máximo que eu cheguei até hoje com um namoro.
Bem verdade que o nosso namorou já começou errado. Eu não o amava, tinha nele um refúgio para esquecer o Gael. Fui até mesmo maldoso, usei-o como conforto e para fazer ciúmes ao então meu ex, e que até hoje acredito ser o meu grande amor.
Um pequeno parêntese
(Neste momento, enquanto escrevo meu relato, assisto a reprise Alma Gêmea. A novela que marcou meu casamento com o Gael. – Ironia?)
No inicio o Be era completamente apaixonado por mim, e eu não a dava a mínima a ele. Os meses foram passando, e o sentimento começou a se igualar. Com um pouco mais de um ano de namoro é que eu passei a gostar do Edu como um namorado deve ser gostado. Mas ainda assim, não era amor. Neste último ano, com todo o desgaste do casamento, ele deixou de gostar de mim. Por mais que ele dissesse que me amava, e etc e tal; eu via e sentia que isso não era verdade.
Ele deixou de me amar e eu achei que estava amando-o.
Hoje, de volta em minha casa vejo que esta ausência do sofrimento é a prova de que eu não o amava. Talvez houve um “gostar” um dia, mas o relacionamento foi se desgastando de mais e assim como ele mesmo admitiu (80% de culpa dele e 20% de culpa minha). Eu lutei até onde pude, fui mais submisso do que qualquer pessoa poderia ter sido (...) por muito mais tempo que ele merecia.
Bem verdade que por mais que eu não goste de ficar aqui, por mais que eu odeie este bairro em que minha mãe mora, esta cidade, esta casa (...) tudo! Eu estou em paz! Acordo e durmo sem ter que encarar aquele relacionamento chato em que estávamos vivendo.
Hoje eu tinha consulta com a minha psicóloga, mas eu não fui. Me questionei várias vezes se deveria ou não ir, mas para quê? Ficar lá sentado e só falando não me ajuda em nada, se ela ao menos opinasse em algo, me ajudasse a tomar certas decisões (...), mas somente eu falo, falo e falo. Falar por falar, eu prefiro escrever. Também não fiz questão de ir justamente pelo fato de eu estar bem.
Foram 3 anos e meio de alegrias e tristezas. Tivemos momentos ruins e tantos outros maravilhosos. Mas de uma coisa eu não poderei negar, este foi um relacionamento muito importante e marcante para mim. Tanto que eu sempre defendi a filosofia de que ex bom é ex morto, mas ele será uma exceção à regra. Terei um enorme prazer em tê-lo como um amigo. Nesta história toda ele ganha com o lado financeiro e com toda a sua vida ultra bem sucedida, enquanto eu saio com uma mão na frente e outra atrás (com uma pequena pensão, ele quis fazer isso por mim e por eu estar desempregado, aceitei), mas eu ganho em paz. Ele não. Mesmo eu estando longe, mesmo não pertencendo mais à vida dele, ele ainda continuará vivendo os seus fantasmas.
Farei um resumo do meu fim de semana.
Sábado – Levantei cedo para terminar de organizar as minhas coisas para a mudança. Fiquei um tempo na Internet (pois sabe-se lá quando eu terei acesso outra vez). Assim que o Be chegou, organizamos as coisas no carro e ele me trouxe de volta para a casa de minha mãe. Não trocamos uma única palavra durante todo o trajeto. Chegamos. Abri o portão e ele entrou com o carro. Descarregamos o carro, e tudo isso em silêncio absoluto. Terminado, fui abrir o portão para ele ir embora (não consegui dar um último abraço, eu estava chateado, dolorido e revoltado – o maior motivo do cara me abandonar foi pelo fato de eu ser HIV Positivo. Quer dizer, até o dia anterior a notícia ele dizia que me amava e que preferia a morte a me perder, e no dia seguinte eu me torno uma aberração?!). Ele entrou no carro e ali mesmo na garagem, desabou a chorar. Minha mãe o abraçou, pediu para que ele ficasse, mas ele preferiu ir embora e assim o fez sem olhar um segundo para mim.
Guardei tudo bem mais ou menos no meu quarto, e fui para São Paulo para dar o som na peça X. A peça correu tudo bem, graças a Deus. Saímos do teatro e junto com o elenco, fui ao Piolim na Rua Augusta, um restaurante italiano. Ficamos por lá até mais ou menos 1h da manhã, e depois fomos embora. A Tetê nos levou (...) digo NOS, porque eu dormi na casa do Bru – meu amigo que sabe que sou (+) -.
Logo que deitamos aconteceu o que já esperávamos, nos beijamos. Ficamos nos amassos, mas não passou disso. Tanto durante a noite quanto pela manhã. Eu fiquei doido para transar com ele e ele também ficou, isso estava explicito nos olhos, desejo e respiração dos dois. Mas não houve sexo. No outro dia ele veio me dizer que ficou esperando eu tomar iniciativa, e respondi que se fosse em outros tempos eu teria acabado com ele na cama, mas que agora é diferente. Para que transássemos, ele precisaria estar de comum acordo.
Nós não estamos juntos e vejo que ele também só está a fim de curtir, sei lá. E estou achando isso bacana. Não temos compromisso algum, porém damos uns pegas quando nos encontramos.
Domingo – Último dia da temporada da peça. Foi a melhor apresentação. O elenco deu um show de bola. Ri com a mesma intensidade que chorei. Foi muito triste, mas uma tristeza boa, gostosa (...) só quem é ator para entender isso.
Terminada a peça, eu vim embora. E foi no metrô que algo aconteceu e que pode vir a acontecer.
Eu estava em pé, apoiado em um dos ferros do metrô, não havia lugar para sentar. Bem na minha frente estavam dois rapazes e uma moça. Um deles, muito bonito, branquinho, malhado e muito bem vestido já chamou logo a minha atenção. Dei algumas olhadas para ele durante o percurso. Foi quando derepente nossos olhares se cruzaram. E daí até a estação da Sé, ficamos neste namoro com o olhar.
Eu não esperava nada, afinal eu jamais iria descer na estação e abordá-lo! Nunca fiz isso e creio que jamais faria. Um pouco antes de o metrô parar, ele olha para mim e me cumprimenta com um balanço de cabeça e piscar de olhos. Fiquei com as pernas bamba e ao mesmo tempo vermelho de vergonha, pois eu sou muito tímido. Enfim, eu estava subindo a escada rolante quando olhei para o lado e o vi no corredor me dando sinal, como quem diz: “E aí, você vai embora?”. Minhas pernas amoleceram tanto que eu achei que fosse cair. Subi e tornei a descer para encontrá-lo. Quando nos cumprimentamos e vi o sorriso perfeito dele, fiquei hipnotizado.
O cara é um Deus! Lindo, perfeito! Corpo delicioso, pele maravilhosa, uma dentição perfeita, cabelo impecável e que voz (...). Conversamos um pouco, aquela coisa de trocas de nomes, idades, profissões, gostos de baladas e etc.
Ele não é fã de música eletrônica (assim como eu), ele é apaixonado pela língua portuguesa (sou formado em letras), mostrou ter muita cultura (eu particularmente sou mesmo convencido e prepotente nesta área), hiper discreto (assim como eu), detesta gay afetado (como eu) (...). Coisas em comum, num primeiro momento foi o que não nos faltaram. Detalhe da profissão dele: Médico e 29 aninhos.
Ele pediu para que eu anotasse o telefone dele e que se possível, ligasse para ele ainda naquela noite. Mandei uma mensagem enquanto eu vinha embora, e não deu um minuto e ele já retornou a ligação dizendo que havia gostado de me conhecer e que se surpreendeu demais comigo.
Eu faço o estilo surfistinha, despojado, molecão e mesmo tendo 26 anos, aparento ter 18 ou menos, quanto muito 22 anos; e quando me conhecem e veem que sou professor, ator, falo bem e bla bla bla (...) geralmente eu causo mesmo este impacto de surpresa.
Resumo: ele já me ligou hoje, mas não deu para eu atendê-lo. Ele termina o plantão às 20h, horário que ligarei para podemos marcar algo.
É isso, estou de volta à minha Terra, em paz, Caminhando e Cantando e Seguindo a Canção.
06 de outubro de 2009
10h23
Meu primeiro dia ontem na minha nova casa, digamos que foi normalmente entediante. Nada do que eu fazia me supria, mas isso é normal para quem estava habituado a uma outra rotina e teve que mudá-la abruptamente.
O que eu preciso mesmo é ocupar a minha cabeça com o trabalho, mas eu não o tenho. Preciso voltar a lecionar, mesmo não querendo e não amando tal profissão, mas parado não dá para ficar! Quero mudanças imediatas em minha vida, viver estes dias que me restam (que eu não sei se são poucos ou muitos) da melhor maneira possível.
O Maurício me ligou ontem, ficamos uns três minutos ao telefone. Ele fala muito rápido, parece estar afobado é engraçado. Ele cogitou de fazermos algo no sábado. Eu disse que tudo bem, não vejo problema algum, pelo contrário. Espero que ele não queira se enfiar em alguma boate da vida, Deus me livre passar a noite ao som de música eletrônica.
Aí é que mora o perigo e o meu medo.
Nós nem saímos ainda, mas eu já fico me fazendo uma série de perguntas. No domingo, pensativo no trem é que mais uma vez a minha ficha caiu.
Suponhamos que nos apaixonemos? E aí? O cara é médico, sei lá (...) não é qualquer um que aceita este lance de HIV. Eu mesmo não namoraria um (+) sendo eu (-), não mesmo! Diante destas situações é que eu fico pensativo e mal. Eu posso dizer que não transo sem preservativo por decreto nenhum por N’s motivos. Posso dizer que já levei um susto com algo, que um amigo meu se contaminou, morreu e isso me traumatizou (...) sei lá! Desculpas é o de menos e o que não me falta. A questão é: hoje eu estou com o meu CD4 a 1280, mas eu não ficarei lindo, belo e formoso para sempre. Chegará um momento em que eu precisarei de medicação e aí? Suponhamos que ele queira viver uma vida a dois, como é que eu vou esconder isso dele? Se eu passar um final de semana na casa dele, como esconder? Se fizermos uma viagem, como omitir?
Quando eu cito o Mauricio, na verdade estou falando de um todo! Não posso ter um relacionamento com quem não sabe da minha sorologia, e como contar? Não é fácil, eu não estou preparado para isso. Quando eu revelei ao Bru, só o fiz porque o nosso clima meio que havia acabado, pelo menos para mim. Na verdade eu nem sei o porque dele ter voltado. Se isso vai dar namoro só Deus sabe, mas confesso que está interessante esta relação sem compromissos e de trocas de carências. Ele é um rapaz bonito, bem sucedido, cara do bem; meio puta, mas ainda do bem, Rs.
Ando muito confuso. Mas pela primeira vez em 26 anos de vida, eu não estou com aquela necessidade louca de ter alguém. Acho que é por isso que o Bru e agora o Maurício entraram na minha história.
O Bru é o tipo de cara que, não é lindo e nem tem um corpo perfeito; mas é um cara legal, é bonito, inteligente, responsável – um bom partido. Ele é muito parecido comigo. Quer se destacar em tudo, não aceita qualquer não como resposta, quer ser o centro das atenções, adora pegar determinadas funções apenas para se destacar, super preocupado com a aparência e sua posição social (...) somos muito parecidos. Ele é um cara super modinha. Roupas somente de marcas, e não é qualquer marca, são as melhores e mais caras. O tipo de cara que não é afeminado, mas só de olhar para ele saca que é gay. Ele é do bem e eu teria um relacionamento sério com ele numa boa.
Quanto ao Maurício eu não tenho muito que falar, afinal eu o vi no metrô e batemos um papo de no máximo 5 minutos. Mas só para descriminá-lo: ele é um pouco mais baixo do que eu, (eu tenho 1m84cm), branquinho, cabelo curtinho, dentição perfeita, pele perfeita, malhado, se veste bem e pelo visto também se preocupa com marcas e moda. Isso é só o que eu posso dizer do cara, apenas o superficial. Uma definição bacana: ele é o meu tipo de homem – sarado, bonito e gostoso.
O engraçado é que eu pouco me importo se dará certo ou não, pela primeira vez eu estou vivendo e deixando as coisas acontecerem. Não tenho nada fixo com o Bru, até então somos dois grandes amigos que se beijam. Por isso eu não me sinto “sujo” em derepente me encontrar com o Mauricio no sábado.
O Edu virá em casa amanhã para me trazer o dinheiro. Ele preencheu o cheque errado e por isso eu não pude descontá-lo. Eu estou sendo super carinhoso com ele nos torpedos e ele tão frio. Estou querendo ser simpático demais e manter uma amizade, enquanto ele está quase que indiferente. Mais uma lição a aprender.
07 de outubro de 2009
16h04
Faltam exatos 30 dias para a minha estréia. O ensaio ontem foi bacana, assim como todos tem sido. A contagem regressiva começou, estou tenso e muito apreensivo. Não funciono sob pressão e tenho medo de esquecer o meu texto na hora. Claro que isso é um medo que durará até o dia da estréia, depois isso passa, tirarei de letra. A peça está ficando linda demais, será muito bacana. Exceto pelo figurino. A proposta da roupa de plástico não achei muito bacana. Além de esta ser uma peça extremamente cansativa para os atores, nos ensaios sem exceção, todos saem pingando suor (...) imagine roupa de plástico?!
Ontem fiquei esperando o Bru me convidar para dormir na casa dele, o que não aconteceu. Eu saquei qual é a dele. É um cara que não vai querer nada sério comigo (e acho que nem eu quero), mas que adora confete. Ou seja, ele quer ter alguém meio que lambendo os pés dele (...) Ah Ta!
O Mauricio me enviou um torpedo hoje, não era nada demais, a penas me desejando um bom dia. Retornei dizendo que ligaria a noite.
Amanhã tenho quatro aulas no Gandra. Fazer o quê? Tenho que retornar ao trabalho. O foda é saber que não terei salário, ficará tudo no banco. Estou devendo aquela porcaria.
De ontem para hoje me bateu uma pequena depressão, mas isso se dá pelo tempo ocioso que estou tendo. Quando estava no apartamento, por mais que eu estivesse desempregado, eu tinha a Internet a minha disposição. Entrava no MSN e lá eu tinha toda uma galera para conversar e passar o meu tempo. E agora aqui na minha mãe, sem Internet e sem nada (...) está um porre! E aí eu acabo tendo um tempo maior para ficar pensando no que eu perdi, no que eu poderei perder, no que eu quero e não tenho (...) enfim, fico viajando. Voltar a lecionar talvez seja mesmo a melhor alternativa. Ai gasto meu tempo escrevendo estas bobagens.
22h24
O Be está para chegar, estou com o coração na mão. Parece loucura, mas eu não sei se é por eu estar absolutamente entediado e sem nada para fazer, ou só agora no quarto dia de separação é que eu estou sentindo saudades dele de verdade. Acho que a ficha está caindo agora, não sei explicar o que é, mas só de saber que logo ele virá em casa para me trazer o dinheiro, meu coração está saltando pela boca e eu sei que vai ser pior vê-lo, trocar meia dúzia de palavras e vê-lo indo embora. Já vi que terei uma noite do cão e uma quinta extremamente insuportável.
Falei com o Mauricio esta noite e marcamos de sairmos no sábado. O foda é que eu tenho ensaio no domingo e tenho que levar roupa de ensaio. Vou encontrar o cara de mochila? Foda, meu! Vou passar um torpedo para o Bru e pedir para ele levar uma bermuda e uma camiseta velha para mim.
08 de outubro de 2009
23h23
Esta foi uma daquelas noites em que eu não dormi bem. Tive sonhos esquisitos e me revirava de um lado a outro a todo instante, na cama. Acordei antes mesmo das seis da manhã e não mais dormi. O desânimo era tamanho que não tive forças para dar aula, liguei na escola e inventei uma história qualquer justificando a minha ausência.
Com o intuito de distrair a minha mente, fui para o centro comercial da cidade. Descontei o cheque que o Edu me deu, e comecei a fazer uma cagada atrás da outra. Uma boa e nova roupa sempre dão um ânimo a mais, nos faz sentir mais vivo, bonito (...); me deu uns cinco minutos de “Eloquisa” e gastei R$240,00 em uma calça e duas camisetas – estou arrependido de ter gastado isso tudo em três peças de roupas -, detalhe, cheguei em casa e vesti a calça...Resultado: acho que não gostei. Ela ficou uma coisa meio Jonas Brothers, agarrada nas pernas (...) destacou minhas coxas, mala e bunda (...), mas me senti um peão com aquelas calças jeans justas.
Não contente comprei um kit Subwoofer para o meu PC, faz tempo que eu queria deixá-lo com um som bacana. Foram-se mais R$150,00. Com a cagada já feita, resolvi dar mais dois peidos: comprei uma mochila nova (linda e radical) e duas cuecas (daquelas que impõe moral na hora de alguém tirá-la para mim); o quanto gastei nestes dois últimos itens eu prefiro nem mencionar para não enfartar diante do PC.
Aproveitei que eu estava na cidade e fiz o exame médico para a academia. Amanhã mesmo faço a minha matrícula e volto a malhar. O foda é que eu não terei grana para comprar a Bike, e terei de ir a pé, é meio longe de casa.
No meio dos meus surtos financeiros o Mauricio me liga perguntando se eu queria encontrá-lo hoje. Aceitei de imediato! Tudo o que eu mais quero é agarrar aquele homem logo, beijá-lo loucamente e ter uma imensa, bela e prazerosa noite de sexo com ele. O cara é um tesão! E quando eu digo tesão, pensem num ultragalã de televisão e ou cinema; ele é mais ou menos isso, só que para mais (...) bem mais! Tive muita sorte e não posso deixar esta sorte escapar pelas minhas mãos. Tomarei todos os cuidados com ele, pelo motivo que julgo desnecessário citar. Mas eu não fui encontrá-lo. Tomei um banho, cuidei das partes intimas, (hehe), me troquei (roupa nova e lindo), e quando eu estava saindo de casa chega a minha mãe num astral péssimo. Abraçou-me e começou a chorar, perguntando se ele falhou muito comigo como mãe; se houve muitos momentos em que eu precisei dela e por causa do trabalho ela acabou não me dando a devida atenção, e bla bla bla.
Ela teve uma briga com minha irmã por telefone durante a tarde. Não procurei entender muito e tentei consolá-la. Bem verdade que ela se sente culpada por eu ser gay e agora, por ser soropositivo. Tentei dizer a ela que isso não tem nada a ver, mas vi nos olhinhos o que ela pensa de fato. Fui para o ponto de ônibus e fiquei esperando o latão. Uma garoa forte e insuportável, somado a um frio chatíssimo, contribuiu para que eu ligasse para o Mauricio e desmarcasse o nosso encontro. Ele entendeu e demonstrou isso. Não consegui seguir viagem depois do astral que minha mãe chegou em casa e conseqüentemente me contaminou. Mas está em pé! Sábado eu saio com aquele monumento escultural!
Amanhã acordo cedo outra vez, e lá vou eu entrar numa sala de aula. Faz tanto tempo que eu não faço mais isso que nem sei se ainda tenho prática. Se a turma de fato ficarem comigo, será bacana e terei ânimo, um pouco, mas terei. Mas o que eu não suporto é ter que ficar eventuando. Sem falar que estou devendo no banco e tudo o que eu trabalhar não verei um tostão furado, porque o banco irá sugar.
Para me manter decentemente até o fim do ano, eu terei que mexer no meu FGTS, mas ao mesmo tempo eu fico pensando: “Minha virada de ano 2008/2009 foi em Paraty. Uma viagem inesquecível, momentos maravilhosos (...) e este ano como e onde será?” – queria fazer uma viagem bacana, ir para algum lugar. Nem que fosse em Analândia mesmo, embora não seja lá que eu gostaria de passar a virada do ano. Eu queria ir para praia, sei lá, para qualquer lugar! Com a graninha do meu FGTS eu consigo pelo menos fazer uma viagenzinha bem ralézinha, mas consigo. Mas também é aquilo. 3 dias de passeio e 10 anos de FGTS perdido. Já estou até vendo a minha mãe querendo passar a virada do ano na casa de algum parente chato, o que não é difícil porque todos os meus parentes são chatos.
09 de outubro de 2009
20h36
Sinto falta de ter alguém. Alguém para abraçar, alguém para beijar, alguém para chamar de meu, alguém com quem conversar ao telefone, alguém com quem planejar um fim de semana (...) Não sei ser feliz sozinho, fato!
Dei uma passada de olhos em agendas de anos anteriores e vi que a minha vida é uma merda! Sempre a mesma coisa, sempre na mesma pindaíba (...) momentos maravilhosos em um relacionamento, e na página seguinte volta a mesma merda.
Cansado desta vida, sabe?
Hoje é sexta-feira, feriado prolongado. Na televisão, não para de mostrar o movimento das rodovias rumo ao litoral e Tietê. Dá uma vontade de viajar, de sair, de distrair a cabeça. De ter meu namorado e juntos passarmos um fim de semana diferente.
O fim do ano está chegando. Ano passado eu estive em Paraty, este ano sabe-se lá onde irei parar. Provavelmente será na casa de algum parente. Isso é uma droga. NÃO QUERO ISSO!
Acessei o Orkut do Be, e ele já começou a trocar scrapt com “antigos amiguinhos – (caso)”; isso me deixou mal também. Estou com muita saudade dele, da minha vida ao lado dele, de tudo o que vivíamos e que fazíamos. Ele nunca se importou com câmera digital, sempre achou isso uma bobagem, um gasto desnecessário e ele escreveu para o irmão no Orkut, perguntando se ele sabe onde vende uma câmera boa e barata. Para quê?
Tenho certeza absoluta que com a sorte que ele tem, o exame de confirmação de Hepatite C dará negativo. Com isso, ou até mesmo antes disso, ele já estará de caso novo. O André escreveu no Orkut dele algo do tipo: “Estou olhando ansioso. Nosso fim de semana será tudo de bom”. Aposto que eles irão a The Weeck. APOSTO!
Preciso esquecer dele. Não me importar com o que ele faz ou deixa de fazer, com quem anda ou deixa de andar. Me conheço. Só conseguirei fazer isso com um novo amor.
Mandei um depoimento para o Rodrigo, na esperança de ele responder. Vasculhando minha antiga agenda telefônica, eu enviei um torpedo para ele, mas até agora eu não tive resposta. Jundiaí em peso diz que ele tem HIV. Eu não duvido. Ele era forte, gordinho e do dia para a noite emagreceu, e não para de estourar Herpes na boca dele. Tenho quase que certeza disso. Seria uma boa se ele me olhasse novamente. Provavelmente ele irá me evitar por ser (+), mas se eu não tenho certeza que ele realmente seja, como darei um toque? Um Q de que eu também sou? Tudo muito complicado.
14 de outubro de 2009
11h13
Cada vez mais fica nítido de que não existem pessoas felizes, e sim pessoas com momentos felizes. E como não podia ser diferente comigo foi à mesma coisa neste fim de semana.
Sábado me encontrei com o Mauricio. Jantamos no Piolim, na Augusta. O papo fluiu de uma maneira bem gostosa. Ele é um cara muito do bem, responsável, bom papo e claro, gostoso. Mas até então eu ainda não tinha certeza disso. Saímos do restaurante às 3h da manhã, e fui surpreendido quando ele disse querer ficar mais a sós comigo. Paramos num hotel (motel) na Bela Cintra. Mal entramos e já nos agarramos. Foi maravilhoso. Se de roupa ele era um sonho, sem ela (...). Corpo escultural, boca deliciosa, cheiro maravilhoso, e um (...) PERFEITO!
Fiquei com ele sem neuras e sem culpas. Curti a minha noite. É claro que transamos com preservativo, mas tirei completamente da minha cabeça o assunto HIV. Abdiquei dos meus pensamentos e vivi. Tive uma noite linda e maravilhosa. Transei após 5 meses de recesso forçado.
Dormimos juntos, abraçados. Assim que amanheceu, fomos a uma padaria ali mesmo na Bela Cintra e tomamos café da manhã. Ele se foi e eu fiquei. Fiquei feliz, contente, satisfeito e sorrindo à toa. Voltei para o hotel, pois eu não havia conseguido dormir durante a noite. Tirei um cochilo, tomei um banho e fui para a Oficina que era praticamente ao lado. Almocei em um restaurante próximo ao teatro e fui para o ensaio.
Às 18h, horário que terminou o ensaio, liguei para o Fulano do Radar. Marcamos de nos encontrar e ele foi me buscar em frente ao Commune. Demos algumas voltas entre a Augusta, Frei Caneca e Paulista, até pararmos em um café numa travessa entre a Augusta e a Bela Cintra. Ali conversamos um pouco, e logo saímos. Ele parou o carro na rua da Consolação (na altura dos velhos e saudosos tempos em que a Consolação era a Avenida Gay de São Paulo). Ali, no carro, conversamos sobre tudo. Sobre a nossa condição de soropositivos e etc.
RÁPIDA ANÁLISE DO FULANO: ele não é um cara bonito, com um corpo que chame a atenção. Não é um cara da qual eu veja na balada e me interesse. Mas me senti seguro ao lado dele. Pude ser o que hoje sou. Conversamos abertamente, sem mentiras, sem receios, sem preocupações, neuras (...), isso foi o que eu achei muito bacana. Quanto a transar com ele, confesso que senti vontade sim, mas eu ainda me sinto inseguro. Como ele mesmo disse, ele apresenta um risco grande para mim por já estar tomando medicação. Isso me deixou receoso, mas não a ponto de não me fazer a vir transar com ele.
Fiquei esperando ele me ligar ontem, e não aconteceu.
Fiquei esperando o Mauricio me ligar ontem, e não aconteceu.
O Be resolveu dar sinal de fumaça ontem. Sábado, indo a São Paulo, passei em frente ao apartamento (me bateu uma dor no peito, uma saudade) e o ap estava completamente apagado, não havia ninguém. Eram 20h. Desconfio de que ele tenha ido viajar com o André, Sérgio, Denis e Rogério.
Em relação a ele, eu acho que estou bem.
14 de outubro de 2009
21h03
A minha suspeita em relação à viagem do Be, foi confirmada hoje. Ainda não sei para onde ele foi, mas eu suspeito de que tenha ele tenha ido para o Rio de Janeiro. Se ele realmente fez isso, ele morreu para mim. Ele tem todo o direito de viajar para onde quiser, mas eu não vou admitir a mentira dele. Ele terminou comigo alegando não estar preparado para cuidar de alguém como eu, e porque ele queria se encontrar e lutar contra a opção gay dele. É claro que ele será gay eternamente, ninguém opta, fato! Mas ele então poderia ter jogado claro, e não ter mentido para mim. Inventado um milhão de motivos para o fim, quando na verdade era um só: ele me rejeitou por eu ter Aids e queria conhecer novas pessoas, beijar e transar muito. Por isso que ele me deu a grana, por isso toda aquela atenção. Ele estava se sentindo culpado por estar me enganando. BABACA!
Hoje eu estou num péssimo dia, num astral horroroso.
Estou me sentindo tão só!
Precisando tanto de um colo.
O Mauricio disse uma coisa muito importante para mim, que eu adoraria por em prática, mas estou vendo que não conseguirei. Ele disse assim em relação a ele mesmo: EU ME BASTO. É isso aí mesmo, eu deveria pensar assim. Que eu me basto, e não ter que precisar de mais ninguém para a minha felicidade.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Minha Nada Mole Vida!
Eu estava tão bem, tão desencanado dessas coisas de HIV, mas aí vem e aparece esta coisa e me deixa assim. O que tenho a fazer é aguardar para ver no que vai dar e torcer para que tudo dê certo.
No meu último post eu havia comentado sobre o meu amigo e bla bla bla (...), pois bem, aquele clima que havia entre nós há uns meses atrás, voltou; ou meio que voltou. Eu estou me segurando ao máximo e chego até mesmo a ser meio frio, é que sei lá, não me sinto seguro sabe? Não por ele ser negativo, pelo contrário, o fato dele me aceitar como sou é o máximo, é lindo! Mas eu tenho medo de ser apenas uma fase de carência dele, e eu já sofri tanto no amor, estou sofrendo com este diagnóstico (...) quero evitar mais sofrimentos, acho que já chega! Tantas coisas eu ainda terei que enfrentar que não preciso de mais uma dor de cabeça. Mas ao mesmo tempo é tão difícil não se apaixonar por ele. Estou com medo e confuso, até mesmo porque ele não deixa muito claro quais são as reais intenções dele.
- O identificarei aqui como Felipe (gosto deste nome) –
Ele diz para deixar rolar e ver no que dá. Mas neste deixar rolar eu posso me apaixonar e me dar mal, enquanto ele pode sei lá...Suprir a carência dele, encontrar uma outra pessoa e ou até mesmo voltar para o ex dele. Não estou pensando em casamento, nada do tipo! Só não quero sofrer mais. Mas independente de qualquer coisa, eu o adoro. Acima de tudo, ele é um grande amigo.
O que vai acontecer daqui pra frente, só o tempo dirá!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
QUE DIA!

Saco cheio de tudo, sabe? Vida profissional uma droga, vida amorosa uma overdose de bosta (...) Tudo o que eu queria era ser "bacana"; nem estimo ser "feliz", o "bacana" já me contenta.
Domingo eu tive uma madrugada maravilhosa, seguida de uma manhã explêndida; mas infelizmente os bons momentos não duram para sempre e precisamos levantar para encarar a nossa realidade. Acabei de assistir Entre Lençois, e foi mais ou menos aquilo o que me aconteceu.
Domingo eu saí do meu ensaio e fui dar som numa peça em cartaz na Rua da Consolação. Saí de lá na cia. do meu amigo, que faz teatro comigo; e fomos para o apartamento dele. Nos trocamos, tomamos banhos e fomos ao encontro de uma amiga que também faz teatro com a gente. A encontramos no Jabaquara, onde os dois moram. De lá fomo a inauguração da nova GAMBIARRA (balada maravilhosa que eu amo).
Chegando lá já foi aquela coisa, gente bonita para todos os lados.
Não fui com a intensão de beijar ninguém, nem nada disso. Fui apenas para curtir.
O fato é que durante a balada eu passei a trocar olhares com um carinha tudo de bom, daqueles principezinhos, entende?
Eu sou tímido, não fui conversar com ele e vice versa. De repente ele desaparece da balada. Fiquei na boa, curtinda o meu som. Horas depois, quando eu menos espero ele me aborda, e papo vai, papo vem - NOS BEIJAMOS.
NOOOOOSSAAAAAA
Eu já nem lembrava mais como era flertar com alguém!
3 anos e meio de relacionamento, nos faz ficar meio "tchongo".
Eu já havia me esquecido daquela sensação do novo, do desconhecido.
De um lábio diferente, uma pele diferente, um cheiro diferente (...);
Foi naquele momento em que eu percebi, o quão mágico é um beijo!
Ele tinha uma pegada carinhosa, um jeito de mover seus lábios sobre os meus e de brincar com minha língua (...) de um modo inexplicável. Ele foi hiper romântico e carinhoso comigo. Do tipo que abre a porta do carro.
Eu precisava viver aquilo. Eu precisava sentir aquilo.
Me senti vivo novamente.
Não fiquei dando importância para o fato de eu ser HIV Positivo.
Não queria sexo! O que eu queria era me sentir vivo, quisto, acolhido!
Queria que me olhassem sem piedade; que me abrassassem sem pena; que me beijassem sem pensar no que eu carrego no sangue.
Ele me deu vida!
Me deu luz!
Energia!
Saúde!
Amor (...)
Foi uma noite de Cinderela!
A manhã chegou e tudo se esvaiu. Cada um seguiu o seu rumo.
Fui para a casa do meu amigo, que no passado já havia rolado uma certa química mas ficou apenas nos olhares e papos bacanas no msn.
Dormimos.
Quando eu acordei, ele estava dormindo abraçado a mim.
Eu o beijei.
E tivemos um momento mágico!
Foi maravilhoso tudo o que vivemos (...) Cada segundo, cada instante!
E sabe porque foi maravilhoso?
Porque ele me teve, me quis e me desejou sem nenhum medo.
ELE SABE QUE SOU POSITIVO.
Mas infelizmente os sonhos acabam quando acordamos.
E cá estou: acordado de volta na minha cidade, neste apartamento, sozinho e completamente solitário!
Isso não é vida (...)
E aí aquela vida se dissipa, e tudo volta como era antes.