sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz 2010

2009...Que ano, meu Deus!
Um ano de conquistas, perdas, sustos e mudanças...

Amigos blogueiros, estou completamente em débito com vocês, eu sei. Todos os dias recebo e-mail's de pessoas do Brasil inteiro me fazendo centenas de perguntas, querendo me adicionar no msn e ou Orkut...

Juro mesmo que estou assustado com o "sucesso" deste blog, impressionante como vocês gostam de saber da vida alheia, hehehehehe; e eu de me expor.

2010 voltarei com postagens diárias, atualizado e minha história em ordem (...) aconteceram-me tantas coisas...Há muito o que falar.

Ao invés de responder aos e-mail's como eu venho fazendo, postarei alguns deles aqui, claro que sem identificar ninguém. 2010 abrirei um espaço do PERGUNTE AO JUNNYOR, já que os e-mail's são um interrogatório sobre minha vida e sobre o próprio HIV.

Há uma proposta deste blog se tornar uma Web (.com); estou analisando a parte financeira. Se tudo der certo em breve deixaremos de ser blogspot para nos tornarmos (.com) ou (.com.br). Com vários links, fotos, dicas, enfim...Muita coisa legal para vocês.

Fica então disponível a vocês que tanto me ajudam com que mantenha este Blog vivo, meu msn e e-mail.

FELIZ 2010.
PS: Rio By Copacabana aí vou EU!!! - Pela primeira vez. Realizando o maior sonho de viagem da minha vida!

E-MAIL: cablemodem.net@gmail.com
MSN: uninocente@hotmail.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um Diário Nada Secreto - Capítulo 1

Dizem que um ser humano só é completo quando após ele plantar uma árvore, fazer um filho e escrever um livro. As duas primeiras eu já realizei, e hoje, no meu blog começo a terceira tarefa. Histórias de ficção são o que não falta em minha mente, na verdade eu tenho quatro livros inacabados em meu computador, porém, hoje me veio a idéia - minha vida sempre fora tão conturbada, tão maluca...Por quê não escrevê-la?


Amigos blogueiros, posto hoje o primeiro capítulo do livro cibernético que entítulo como, Um Diário Nada Secreto.


Boa leitura e sejam bem vindos em minha vida.


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


UM DIÁRIO NADA SECRETO
MINHA VIDA ANTES DO HIV



          
PRÓLOGO

           Sempre fui um cara que preferiu viver no mundo da fantasia ao mundo real. Este mundo em que todos nós vivemos, sempre foi cruel demais para que eu me dedicasse a ele. Minha infância em Atibaia interior de São Paulo, vivendo sozinho com minha mãe em uma chácara em meio à piscina e um gigantesco pomar, sempre fora muito solitário. 
            Uma infância marcada pelos super heróis japoneses. Meus ídolos da época eram Os Changeman e Jaspion - como eu desejava ser um deles. Passei a infância preso num mundo altista, um mundo só meu, em que eu podia fazer e ser quem eu quisesse, inclusive o Pegasus o Changeman azul. No natal de 1989, após muita birra, ganhei meu uniforme completo de Pegasus, com direito a espada. Todos os dias eu saia correndo pelo pomar lutando contra as goiabeiras, abacateiros e bananeiras alienígenas. Nunca me esquecerei do dia em que subi no pé de goiaba, e com Pegasus incorporado a mim, saltei do topo da árvore crendo que daria um salto mortal. Resultado deste salto, 12 pontos no queixo. Lembrança que carrego até hoje, com uma pequenina cicatriz.
            Meu pai decidira se mudar para Atibaia, sob a justificativa de querer paz. Mal sabíamos que a paz que ele tanto precisava, era a paz familiar. Para ser mais claro e que todos possam me entender, ele sempre saia para o “trabalho” na quarta e costumava voltar dias e ou semanas depois. Minha mãe e eu ficávamos isolados no meio do nada, numa cidade desconhecida. Não era difícil encontrá-la chorando pela casa, mas criança como eu era e perdido em meio aos monstros e mutações heróicas, não dava bola para aquilo tudo.
            Meu primeiro dia de aula na pré escola foi algo inesquecível. Nunca fomos ricos, mas tínhamos uma vida da qual não se podia queixar. Sempre tive tudo aquilo o que quis e na hora que eu quis. Sempre andei com roupas boas, calçados bacanas e no meu quarto era fácil encontrar os melhores brinquedos da época. Logo de cara fiquei um pouco chocado com a aparência externa da escola, que por sinal era muito diferente da minha antiga escolinha. Parecia mais com uma casa do que uma instituição de ensino. O portão era meio enferrujado, feito de telas seguido por um enorme terreno de terra. A palavra grama pelo visto era desconhecido pelos habitantes daquele lugar. Do lado direito do portão estava o parque, que se resumia em um balanço e um gira gira. O quintal da minha casa era sem dúvida dez vezes maior que o pátio da escola. Ao entrar na sala de aula foi outro choque. Meus coleguinhas de classe eram na verdade em sua grande maioria se não todos, filhos de caseiros, que para o meu espanto maior calçavam chinelos de dedos. Tive vontade de sair correndo dali no mesmo instante. Era óbvio que eu estava diante dos maiores alienígenas que eu já vira na vida. Mas eu não tinha opção, não podia fraquejar. Como um bom Changeman, eu tinha que enfrentá-los.
            Meu primeiro intervalo foi assustador, quando inocentemente retirei lanche, bolacha, danone e chocolate da minha lancheira “Jaspion”. Os alienígenas me olhavam de uma tal forma, que eu passei a me sentir o prato principal. Com medo do que podia acontecer comigo, ofereci meu singelo alimento aquela tribo de aborígines. Naquele dia eu acabara de me tornar um garoto popular. E confesso que ser o centro das atenções na escola, foi mais gostoso do que ser um Changeman. A partir de então, todos os dias eu distribuía balas, chicletes e doces a todas as crianças da minha sala. Minha professora dizia, “que garoto bom”. A popularidade era algo pior do que droga, quanto mais eu a provava, mais eu a queria.
            Os dias foram se passando, os meses correndo e as estações mudando. Já não era assim tão difícil ver minha mãe em lágrimas andando pela enorme casa. Eu não sabia exatamente o motivo de tantas lágrimas, mas sabia que o motivo era o meu pai, ou melhor, o motivo era o doador de esperma, porque pai eu nunca tive, assim como minha mãe nunca teve um esposo. Com o intuito de distrair a cabeça, ela se matriculou e um curso de tricô. Todos os dias após a escola eu a acompanhava no seu curso, e ficava lá sentado no meio de dezenas de mulheres que não falavam de outra coisa a não ser homem. Era comum uma e outra relatar suas experiências sexuais com seus esposos, assim como passou a ser comum mesmo eu tendo sete anos, me ver naquelas histórias. O que me atormentava não era o fato de vivenciar aquilo em minha cabeça, e sim de vivenciar ocupando o lugar daquelas mulheres em meio as minhas fantasias.
            Ao lado desta escola de artesanato morava uma tia que eu ficara sabendo de sua existência somente após termos nos mudado para cidade. Sua casa era bonita, assim como seu esposo e dois filhos. Renata era a mais velha, uma prima que para mim fazia juz a família, ela era linda. Evandro era o caçula, alguns meses mais velho do que eu. Assim que o vi pela primeira vez fiquei hipnotizado com a beleza daquele menino, seus olhos verdes brilhavam no sol e seu cabelo era de um liso perfeito.
            A pedido da minha tia, sempre após a aula minha mãe me levava até sua casa para que eu passasse o tempo brincando com meus novos primos. É aí que a minha história começa.
           



CAPÍTULO 1

           

            A reação de qualquer ser humano que se depara com alguém que lhe representa uma ameaça, é confrontá-lo, e foi assim que meu primo me recebeu em sua casa pela primeira vez. Hoje com os meus vinte e seis anos, sei que o motivo de eu não ter tido afinidades com o Evandro, se deu pelo fato de eu o achar irresistivelmente maravilhoso. E ele, de infernizar cada segundo do tempo que eu passava em sua casa. Minha afinidade com a Renata foi instantânea, mal trocamos os nomes e eu já estava em seu quarto vendo seus discos, filmes em VHS e brinquedos. O primeiro brinquedo que pegamos foi um Lego, afastamos a cama e deixamos um campo aberto para montarmos uma cidade maravilhosa. Em momento algum ela ou eu chamou meu primo para se juntar a nós, ele claro entendeu a rejeição de imediato. Encostado no batente da porta do quarto ele me chamou para brincar de carrinho, e eu recusei, porque estar ali com minha nova prima era muito mais interessante do que ficar ao lado daquele par de olhos verdes que sem entender direito me fazia sentir algo estranho.
            Os dias foram se passando, e todas as tardes Renata e eu nos enfiávamos em seu quarto para brincar, apenas nós dois. No dia de seu aniversário, minha prima ganhou uma porção de bonecas Barbie, e no calor da emoção eu a ajudava a desembrulhar os pacotes. Eram umas mais lindas do que a outra, em vários modelos, cores de cabelo, vestuário e preços. Eu sabia que aquilo era brinquedo de garotas, mas não conseguia mais me conter de tanta vontade de brincar com aquelas bonecas. O último embrulho foi uma surpresa para ambos, pois se tratava de um presente diferente de todos os outros, dentro daquela caixa havia um boneco, sim, um boneco do Ken o namorado da Barbie. Agarrei-me naquela oportunidade e imediatamente a chamei para brincar de bonecas, pois eu não estaria com uma Barbie e sim com o Ken. Meninos podiam brincar com bonecos e não com bonecas. Pelo menos era isso o que eu pensava. Me ver ali entretido com as bonecas e boneco da minha prima, foi o prato cheio para meu primo começar a me chamar de menininha. Minha prima se enfurecia todas às vezes, e com sua estatura de nove anos, batia-lhe sempre em minha defesa.
            Foi num final de semana chuvoso que eu provei do pecado pela primeira vez, dentre tantas outras que viriam. Estávamos na rua em frente a casa deles, jogando queimada com algumas outras crianças, quando o céu resolveu desabar. O que não é de se espantar, e como todos já fizeram isso na infância nós também decidimos ignorar os gritos da minha tia e sair correndo pela rua tomando banho de chuva. A sensação de liberdade e de fazer algo que era errado era o máximo. Sabíamos os três que assim que voltássemos para casa levaríamos uma bela surra, meu tio sempre fora do método “dar umas porradas para ver se aprende”. Tempos depois decidimos que era hora de encarar a realidade e voltar para a casa. Assim que chegamos vimos um tumulto nada casual na garagem dos meus tios. Várias pessoas ali aglomeradas, conversando, rindo, cantando, dançando, bebendo e comendo muita carne de churrasco. Para a nossa sorte todos estavam alegres demais para se lembrarem do cinto e ou chinelo. Minha prima foi a primeira a corre para o chuveiro, enquanto o Evandro e eu ficamos em meio a multidão encharcados, comendo e bebendo. Assim que a Renata saiu do banho, meu primo correu para o banheiro, mas parou de repente quando ouviu a manifestação da minha tia.
            - Junnyor vá pro banho com o Evandro, antes que você fique gripado. – ele olhou para trás e eu bem menor do que ela olhei para cima.
            - Eu não vou tomar banho com ele. – respondeu meu primo completamente indignado.
            - E qual o problema moleque? – perguntou meu tio enquanto abanava o carvão da churrasqueira – o que ele tem você tem, e além do mais vocês são primos. Vai com ele Junnyor que seu pai já ligou e logo estará aqui.
            Saber que meu pai estava chegando foi à notícia mais maravilhosa que eu poderia receber naquele dia, e foi naquele momento que entendera o motivo de tantas gargalhadas da minha mãe. Meu pai voltaria para nós depois de sei lá quantos dias fora de casa. Sem pensar duas vezes eu corri para o banheiro, chegando muito antes do meu primo. Assim que entrei me esforcei para ligar o chuveiro, mas eu não conseguia alcançar. Evandro entrou logo em seguida e após trancar a porta foi tirando sua roupa sem o menor pudor. Não me senti confortável em vê-lo nu e tão pouco de fazer a mesma coisa. Esbarrando com rispidez em meu ombro ele abriu a torneira e entrou no banho, eu ainda envergonhado sentei na bacia da privada e fiquei observando-o. Ele tinha a mesma idade que eu, sete anos, mas era mais alto e mais forte. Suas pernas eram fortes e o bumbum bem redondo. Ele estava de costas para mim e vê-lo naquele ângulo me fez sentir uma coisa que até então eu nunca havia sentido e como consequência senti aquele pequeno vermezinho se levantando entre minhas pernas.
            - Enquanto eu passo o sabão em mim, você entra aqui debaixo – disse meu primo.
            - Tá. – foi a única coisa que eu consegui responder.
            Retirei minha roupa e imediatamente ele se manifestou.
            - Por quê seu pinto está assim? – perguntou apontando para mim.
            - Não sei. – eu não estava mentindo. – Dá licença então pra eu entrar na água.
            - Com o pinto assim você não entra aqui. – afirmou – só se você deixar o meu igual o seu. – disse com um olhar sacana, se é que se dá para imaginar uma criança de sete anos com um olhar sacana.
            - Mas como faço isso? – perguntei ingenuamente.
            - Como que o seu ficou assim?
            - Não sei, acho que foi quando vi você pelado – ao ver a reação dos olhos esbugalhados dele, corri em minha defesa – não conta isso para meu pai.
            - Só se você deixar o meu pinto igual o seu, aí eu não conto. – e olhando para mim completou – seu pinto é estranho, tem esta coisa aí – e apontou para a pele que cobria a cabeça do meu pênis. E foi então que percebi que ele não tinha a mesma pele que eu, a cabeça dele era toda desprotegida. – meu pinto não é estranho.
            Assim que entrei debaixo da água eu me virei para a parede ficando de costas para ele, pois eu estava envergonhado e com medo.
            - Fica virado assim que eu acho que o meu está crescendo também. – quando ouvi isso imediatamente me virei para ele e pude ver que mesmo tendo a mesma idade, o pinto dele era maior e mais grosso do que o meu. Coisa que também me deixou intimidado. – fica do jeito que você estava ou eu conto tudo para o seu pai. – fiz o que ele mandou mas creio que não foi pelo medo de apanhar.
            Alguns segundos depois eu senti uma coisinha se esfregando atrás de mim. Me arrepiei inteiro, eu sabia o que era mas não tinha certeza. A constatação veio quando ele me abraçou por trás e disse que ia fazer comigo igual ele vira meus tios fazendo um dia. Ele sentou na privada do banheiro e com o pinto endurecido pediu para eu sentar em cima. Mesmo sem saber muito como era, eu o obedeci porque uma força maior do que eu me levava a fazer isso. Sentei no meu primo e não sentia nada além de uma coisinha esfregando no buraquinho da minha bunda. Aquela estava sendo a sensação mais gostosa que eu já provara em toda a minha vida. Não sei por quanto tempo ficamos naquela esfregação, mas naquele dia, inconscientemente nós havíamos nos esfregados em todas as posições que um sexo permite. Desde então, minha prima passara em segundo plano e minha amizade com ele se intensificou de uma forma prazerosa.
            O tempo que eu ficava na escola para mim se tornou um martírio, eu ficava contando os segundos para aquela porcaria de aula acabar, para que eu pudesse ir para a casa dos meus tios e me esfregar com o Evandro. Eu mal chegava e ele já me chamava para ir brincar no quarto dele. Entrávamos e ele trancava a porta já com o pinto duro para fora. Numa dessas tardes eu aprendi que por a boca num pinto, também não era nada desagradável.
          

domingo, 6 de dezembro de 2009

AMIGOS BLOGUEIROS

Primeiramente peço perdão a todos pelo o meu total relapso em relação aos comentários feitos por vocês em meu blog. Prometo que a partir de hoje ficarei mais antenado e os responderei sempre na medida do possível.
            Como prova de cumplicidade, deixo meu MSN e e-mail disponível a quem possa interessar.


            Pelos comentários eu notei diversos elogios, assim como críticas também. Agradeço-os por ambos. Em primeiríssimo lugar quero me desculpar com o Paulo Giacomini. Paulo, eu não sabia que aquele logotipo era privado. Eu digitei AIDS em Google Imagens – e apareceu o seu logo -, achei-o bacana e por isso eu o selecionei. Mas após ver seu comentário e consequentemente o seu blog, retirei-o imediatamente.  

            SOCIALIZANDO – eu respeito demais a sua opinião, mas infelizmente não há como seguí-la, pois eu estaria indo contra a minha identidade. Sou um cara realista, porém, muito sonhador. E eu ainda acredito no amor verdadeiro entre duas pessoas, seja homossexual ou heterossexual. Em tempos de valores perdidos, se eu perder também a fé no ser humano, de que adiantará viver? Eu tenho todos os motivos do universo para deixar de acreditar nas pessoas. Sempre fui apunhalado nas costas por amigos, nos relacionamentos sempre fui traído e como “brinde” me veio uma doença. Mas ainda assim, eu sonho com um amor. Sonho sim, com o dia em que alguém fará minhas pernas tremerem, coração palpitar só de ouvir o nome, de andar nas ruas e vê-lo nos rostos de quem quer que seja (...); sou assim. Sou romântico, sonhador e até mesmo tolo. Mas este é o Junnyor. Jamais me envolveria com alguém por conveniência, mesmo que isso possa soar contraditório, uma vez que meu último relacionamento chegou a ponto da “conveniência”; mas quando ele chegou a tal ponto, acabou-se. Hoje estamos juntos? Sim! Aos poucos ele está demonstrando que mudou, e eu sou exigente demais, esperando demais...Querendo que ele me faça sentir, aquilo o que fez um dia. Sei que ele não é o meu grande amor, mas é alguém que cuida de mim e ao qual tenho um carinho enorme, a ponto de sentir saudades e ficar sem ar quando o beijo. Não é a minha maior paixão, ou melhor, não é o amor que eu sonho em ter, mas também não é uma pessoa que estou simplesmente por não ficar sozinho, entende?

ANÔNIMO – transar sem preservativo é mal caratismo? Concordo com você. Não me sinto o máximo por ter transado “mesmo que por alguns segundos e ou minutos, com o rapaz X”, mas eu também não me sinto péssimo. Temos que entender que cada um é responsável pelos os seus atos. Se ele se contaminar e processar, terei que encarar a responsabilidade do meu ato, assim como ele terá que arcar com a responsabilidade do ato dele em transar sem camisinha. Seria muita ingenuidade da nossa parte acreditar no primeiro que aparece em nossa cama. Cuidar de sua vida depende unicamente e exclusivamente de cada um e não de uma terceira pessoa. Com tal atitude eu poderia até mesmo estar pegando outras DST’s. Mas aí eu teria que arcar com o resultado final do meu ato. Anônimo, entenda que cada um é dono de si. Sua felicidade, saúde, paz, harmonia, e tantas outras coisas, não depende de uma terceira pessoa e unicamente de você mesmo. Não me isento de culpa, mas não me acho tão ruim e tão mau caráter como você mencionou. Mas respeito a sua opinião. Mas lembrem-se: a sua vida depende de você! Se cada um não se cuidar, não é o terceiro que tem culpa. Tanto é que eu nunca culpei o meu ex esposo por ter me infectado. Eu o condeno por ter me traído enquanto eu ficava em casa lavando, passando, cozinhando e limpando para ele; mas se eu optei em transar sem camisinha com ele, foi porque eu cai na burrice de achar que o amor é a melhor vacina para qualquer tipo de doença. – E NÃO É!

MARQUINHOS PETER – Você tem absoluta razão. Em um relacionamento é imprescindível que ambos estejam apaixonados. Não há como levar um namoro à diante com apenas uma pessoa amando por duas. Por mais que se empurre isso com a barriga, chegará um momento em que não haverá mais saída, e quanto mais tarde mais dolorida será a sensação de frustração...Fracasso. Espero que você esteja bem, querido.

SOCIALIZANDO – mais uma vez eu respeito a sua opinião. Porém, cada um segue sua vida da maneira que melhor lhe convém. Eu ganho a vida com a minha imagem. Neste momento eu não me considero preparado psicologicamente em levantar a bandeira de um portador do HIV, e tão pouco saberei lhe responder se um dia farei isso. Se assumir como portador é uma individualidade de cada um que não deve jamais ser questionada. Eu não tenho pretensões de me tornar um mártir da causa do HIV. Sou só mais um que está lutando contra a maré, tentando sobreviver e ser feliz. Apenas isso e mais nada.

THE ICE GIRL – muito obrigado pelas palavras de carinho, conselhos e dicas. Quanto ao logo do blog, se alguém quiser criar um e me doar (hehehehehe) eu agradeceria demais. Em que comunidade encontro o Mateus? Quem sabe ele possa fazer isso por mim. Isso o que você disse de viver um dia de cada vez, é o maior trabalho que eu faço na terapia, pois eu sempre fui assim, sempre sofri por antecedência. Mas juro que estou trabalhando isso. Isso é tão bizarro que a prova disso é que eu nunca mais me encontrei com o Maurício.

ELEN – Agradeço por suas visitas e por suas palavras de carinho. Um beijo, querida.

ANÔNIMO – Nossa! Foram tantas coisas escritas que sinceramente eu não sei nem por onde começar. Serei breve:
Minha decisão em criar um blog, foi justamente criar um blog apenas e nada mais. Eu jamais imaginaria que teria esta repercussão imensa. Chego a ter em torno de mais de 100 visitas diárias, confesso que isso me assusta. Fico com receio de postar aqui – será que eu posto isso ou aquilo? Mas isso pode ser mal interpretando...Posso influenciar alguém, mesmo eu não tendo a intenção -, mas aí eu decido colocar tudo o que me vem à mente sob a justificativa de que cada um é dono de seus atos. Quanto a citação, “novela e ou atriz mexicana”, mais uma vez eu digo. Cada um tem uma maneira de encara a realidade. A minha sempre foi esta! Desespero exagerado. Sou assim, e aos leitores do meu blog ou já sacaram e compreenderam, ou já se acostumaram...Ou não voltaram mais. Mas este é o Junnyor. Um homem de 26 anos, mas espírito de 15. Por muitas vezes um homem assustado e com indagações infantis que não condiz com minha idade. Tenho consciência disso, assim como também tenho o discernimento de agir como um homem da minha idade. Sou homem, sou criança, sou bebê, sou idoso – sou aquilo o que o momento me permite ser. Nunca fui de ter diário e muito menos de ficar expondo meus sentimentos a quem quer que fosse, mas confesso que esta experiência está sendo nova e muito interessante. Principalmente pelo número diários de acesso, o que prova que há muitos malucos cibernéticos compartilhando das minhas sandices – como você mesmo postou -. Em momento algum fui contra as ARV’s ou a quem as toma. Pelo contrário, por mim eu já estaria com a medicação há muito tempo. O que eu questionei foi: como namorar um (-) sem contar a ele que sou (+), tomando medicação? E minha segunda citação foi: Não sei se estou preparado para me relacionar com alguém como eu.
Lembrando que isso eu postei a 4 meses atrás, quando não tinha a menor idéia das coisas. Momento em que eu estava desesperado e achando que o mundo iria acabar no dia seguinte. Quando mencionei que não sei se eu estava preparado para namorar um (+) e sob medicação de ARV’s, porque assim que me descobri (+), conheci um ser que disse apresentar maior risco a mim, uma vez que ele já tomava medicação. Hoje eu sei que isso é uma besteira, mas na época eu abracei a causa, era desinformado.
Não consegui compreender o porque de você insistir no argumento “rico, dinheiro, beleza, etc”. Mas enfim, só para que fique claro: se nós não nos acharmos bonitos, como convenceremos a que outros nos achem? Riqueza e dinheiro são nada diante do presente que é a Vida, e eu passei muito longe da riqueza. Dou um duro danado para conseguir juntar 700,00 ou 900,00 reais no fim do mês.

ANA – No período de um mês e meio que fiquei sozinho...Fui neurótico só por alguns dias, logo depois eu segui seu conselho ao pé da letra. Beijos minha querida.

  





sábado, 5 de dezembro de 2009

Medo - Vida

O medo faz parte do ser humano. É com ele que aprendemos a lidar com tantas coisas a qual somos submetidos a passar nesta vida. Mas é ele também que pode nos levar ao fundo do poço.
            Não sou a pessoa mais corajosa do mundo e nunca fui. Hoje, parando para pensar no meu futuro, fico me perguntando – “O que será de mim daqui a um tempo?”. Tenho medo do que eu ainda terei que enfrentar.
            Por mais evoluções que possa haver, o HIV ainda é uma doença misteriosa. Fiquei mal ao assistir a reportagem do SBT Repórter (http://www.sbt.com.br/videos/?catid=832), e ver que além do coquetel para o HIV, ainda há o coquetel de medicação para combater os efeitos colaterais. Não sei como lidarei isso tudo.

            Hoje eu tenho alguém ao meu lado, mas tenho medo de um dia não ter mais. Ele é saudável, pode muito bem se cansar e querer viver ao lado de alguém sem problemas algum. Tenho medo da solidão e da solidariedade. Não quero que sejam solidários comigo, tenham dó de mim, quero apenas que me amem como eu sou. Tento ao máximo não fazer do HIV uma condição de vida, mas há momentos que isso é difícil.

            A doença ainda não se manifestou no meu organismo, portanto eu ainda não sei o que é de fato, ser portador do HIV. Mas uma coisa eu posso afirmar – não é fácil.
            É triste acordar todos os dias e saber que o inesperado me espera. Entendo que independentemente da sorologia de cada um, ninguém sabe como será o amanhã, mas no meu caso eu fico imaginando, elocubrando (...) Me assusto quando me vejo deitado numa cama de hospital em meio aos meus devaneios.

            Tenho medo de morrer sem ter convivido com o meu filho. Cada dia que eu passo longe dele, é como um dia sem vida. Cada vez que tenho notícias dele, fico imaginando se ele está bem sem a minha presença.

            Sinto-me péssimo em saber que diante de tantos sofrimentos que minha mãe já teve de passar na vida, eu ainda a “presenteio” com a minha homossexualidade e minha sorologia. Ser gay não é doença, não é problema, - mas nenhuma mãe deseja que o filho seja gay, eu pelo menos não desejo isso ao meu meninão – e sei também que não sou isento da culpa de ter o vírus. O meu maior erro foi confiar. Carrego este peso comigo. Não sou uma má pessoa, não sou promíscuo, drogado e ou irresponsável. Mas não posso afirmar que fui um filho exemplar. Ela vive me dizendo que eu a encho de orgulho diante da minha luta, tanto pessoal quanto profissional; mas será?

            Não me arrependo de nada do que fiz, mas se eu pudesse voltar no passado e reescrever a minha história, com certeza eu tentaria fazer tudo diferente. Infelizmente o Efeito Borboleta, só acontece em Hollywwod.

            Mas também não posso culpar a doença em 100%. O HIV me mostrou que a vida é muito mais do que simplesmente vivê-la, a vida é VIDA! Me mostrou que amigos são importantes, mas que a família é fundamental, indispensável e insubstituível. Somente hoje é que eu olho para mim com mais cuidado, vejo que não sou apenas um corpo e sim uma vida.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Semana Internacional do Combate ao HIV


Estamos na semana mundial do combate ao HIV. Dia 1º de dezembro, ao ligar a televisão era comum vermos reportagens, especiais e campanhas publicitárias com o foco neste tema. É triste saber que tal campanha só ocorre na primeira semana de dezembro, mas ainda assim, mesmo que fosse abordado em outros dias do ano, será que traria resultado?

Em entrevista ao SBT Repórter, dois jovens disseram algo realmente preocupante. Sob a pergunta da repórter “qual o momento em que se deve deixar o preservativo de lado”, uma garota respondeu, “quando começa a tomar pílulas?”, outro respondeu, “quando se está namorando sério, porque você passa a confiar na pessoa e consegue saber se ela está mentindo ou não”.

Infelizmente isto é uma realidade. As grandes maiorias das garotas associam o preservativo com a gravidez, e os meninos justificam a ausência dele no álcool. Diante de tal informação, não é de se admirar que a cada ano cresce o número de portadores do HIV. Tomo eu como exemplo, e espero que você leitor do meu blog, entenda isso de uma vez por todas!

HIV não tem cara.

Eu confiei, acreditei e amei. Foi em um casamento de 3 anos, que eu adquiri a minha sorologia positiva. O amor não é imune ao HIV. Por favor, entendam isso.

Sou portador do vírus, mas confesso que ainda não sei o que tê-lo. Sei que terei muitos desafios a enfrentar pela frente, mas ainda não sei quais e como lidarei com isso. Tive a sorte de descobrir minha sorologia logo no início. Segundo a contagem feita pelo o meu infectologista, devo estar infectado a cerca de 3 anos. Foi num exame de rotina que descobri. Ainda é muito cedo, meu CD4 está muito bom e minha carga viral bem baixa. Mas os dias irão passar, o vírus se manifestará no meu organismo e o inevitável ainda irá acontecer. Para eu passar de HIV a AIDS, é uma questão de tempo.

Com todo esta minha história, quero reforçar que o HIV não tem cara. Quem me vê, jamais passa pela a cabeça da pessoa que sou positivo. Um rapaz alegre, saudável e bonito. Prova disso foi a minha última relação sexual, onde o rapaz se sentiu confortável em transar comigo sem camisinha. Sou a prova viva de que o HIV pode ser lindo e atraente. Cabe a cada um preservar sua vida.

Atualizando meu cotidiano.

Aquele rapaz com quem eu estava saindo, acabou. Fui rejeitado pela segunda vez. Acho que já estou me acostumando com isso. Visto que a nossa química estava crescendo e com isso, a probabilidade de um novo romance nascer achei coeso ele saber o que carrego em meu sangue. O que aconteceu não foi nenhuma surpresa, ele fugiu. Mas o que me assustou, é que mesmo ele sendo um professor, um formador de opinião, ele me disse à besteira: “Caraça, e nós nos beijamos (...)”. Não dei a resposta que ele merecia, deixei-o em sua ignorância. Uma pena, porque eu realmente estava gostando dele. Mas vale dizer que ele não é uma má pessoa, de uma certa forma eu até o entendo, ele se assustou diante de uma situação inédita em sua vida e não soube como lidar com isso. Torço pela felicidade dele.

Decidi que irei investir no meu ex relacionamento. Ele já não me trata mais como um ficante. Ainda não transamos e isto está me incomodando demais. Já deu tempo dele amadurecer a idéia e me encarar. Não dá mais para ficarmos somente com preliminares. Não forcei a barra até agora, porque quis dar este tempo a ele, porém, o maior desgaste do nosso relacionamento de 4 anos, se deu pelo fato de ele ser extremamente cômodo em tudo na sua vida. E estou notando que ele já se acomodou a não transar comigo. Amanhã durmo na casa dele, com certeza rolará um tesão, se não houver sexo eu não darei continuidade e direi a verdade – já é tempo!