sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Semana Internacional do Combate ao HIV


Estamos na semana mundial do combate ao HIV. Dia 1º de dezembro, ao ligar a televisão era comum vermos reportagens, especiais e campanhas publicitárias com o foco neste tema. É triste saber que tal campanha só ocorre na primeira semana de dezembro, mas ainda assim, mesmo que fosse abordado em outros dias do ano, será que traria resultado?

Em entrevista ao SBT Repórter, dois jovens disseram algo realmente preocupante. Sob a pergunta da repórter “qual o momento em que se deve deixar o preservativo de lado”, uma garota respondeu, “quando começa a tomar pílulas?”, outro respondeu, “quando se está namorando sério, porque você passa a confiar na pessoa e consegue saber se ela está mentindo ou não”.

Infelizmente isto é uma realidade. As grandes maiorias das garotas associam o preservativo com a gravidez, e os meninos justificam a ausência dele no álcool. Diante de tal informação, não é de se admirar que a cada ano cresce o número de portadores do HIV. Tomo eu como exemplo, e espero que você leitor do meu blog, entenda isso de uma vez por todas!

HIV não tem cara.

Eu confiei, acreditei e amei. Foi em um casamento de 3 anos, que eu adquiri a minha sorologia positiva. O amor não é imune ao HIV. Por favor, entendam isso.

Sou portador do vírus, mas confesso que ainda não sei o que tê-lo. Sei que terei muitos desafios a enfrentar pela frente, mas ainda não sei quais e como lidarei com isso. Tive a sorte de descobrir minha sorologia logo no início. Segundo a contagem feita pelo o meu infectologista, devo estar infectado a cerca de 3 anos. Foi num exame de rotina que descobri. Ainda é muito cedo, meu CD4 está muito bom e minha carga viral bem baixa. Mas os dias irão passar, o vírus se manifestará no meu organismo e o inevitável ainda irá acontecer. Para eu passar de HIV a AIDS, é uma questão de tempo.

Com todo esta minha história, quero reforçar que o HIV não tem cara. Quem me vê, jamais passa pela a cabeça da pessoa que sou positivo. Um rapaz alegre, saudável e bonito. Prova disso foi a minha última relação sexual, onde o rapaz se sentiu confortável em transar comigo sem camisinha. Sou a prova viva de que o HIV pode ser lindo e atraente. Cabe a cada um preservar sua vida.

Atualizando meu cotidiano.

Aquele rapaz com quem eu estava saindo, acabou. Fui rejeitado pela segunda vez. Acho que já estou me acostumando com isso. Visto que a nossa química estava crescendo e com isso, a probabilidade de um novo romance nascer achei coeso ele saber o que carrego em meu sangue. O que aconteceu não foi nenhuma surpresa, ele fugiu. Mas o que me assustou, é que mesmo ele sendo um professor, um formador de opinião, ele me disse à besteira: “Caraça, e nós nos beijamos (...)”. Não dei a resposta que ele merecia, deixei-o em sua ignorância. Uma pena, porque eu realmente estava gostando dele. Mas vale dizer que ele não é uma má pessoa, de uma certa forma eu até o entendo, ele se assustou diante de uma situação inédita em sua vida e não soube como lidar com isso. Torço pela felicidade dele.

Decidi que irei investir no meu ex relacionamento. Ele já não me trata mais como um ficante. Ainda não transamos e isto está me incomodando demais. Já deu tempo dele amadurecer a idéia e me encarar. Não dá mais para ficarmos somente com preliminares. Não forcei a barra até agora, porque quis dar este tempo a ele, porém, o maior desgaste do nosso relacionamento de 4 anos, se deu pelo fato de ele ser extremamente cômodo em tudo na sua vida. E estou notando que ele já se acomodou a não transar comigo. Amanhã durmo na casa dele, com certeza rolará um tesão, se não houver sexo eu não darei continuidade e direi a verdade – já é tempo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário