sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A encrenca está no ar...

Como relatar sobre minha vida atual? Uma encrenca sem fim!
Ou melhor, uma encrenca que pode ser que aconteça.

Estou com o meu ex (aquele que me rejeitou) - não estamos 100%, mas não por ele, e sim por mim. Não sei se gosto dele, mas ao mesmo tempo eu não consigo terminar. Não sei explicar, é uma doideira. Bem verdade que eu me acostumei com a Cia. dele, e é cômodo para mim estar nesta relação uma vez que ele sabe da minha sorologia e me aceita como sou. Mas por outro lado, ele não quer uma relação com os compromissos que há quando se está namorando. Pelo o que eu entendo, ele quer estar comigo, mas se eu cair numa cama de hospital amanhã ou depois, ele não quer ter a obrigação de ter que estar ao meu lado, uma vez que para ele somos apenas ficantes. Mas ficante de ex esposo, é o fim de carreira. Não sei o que faço. Na verdade sei, mas não quero fazer.

Já comentei, mas eu estou doido de vontade de conhecer alguém que possa fazer minhas pernas tremerem, meu dedos entrarem em pane ao atender o celular, de sentir aquela dor no peito de tanta saudade - quero sentir novamente os sintomas da paixão.

Conheci algumas pessoas no site do RADAR e na comunidade do Orkut - HIV BRASIL. Troca de msn e papo vai e papo vem, acabou que conheci pessoas muito bacanas. Dois estão doidos para me conhecer...E são pessoas que querem levar algo adiante, sério e verdadeiro. Mas eu não consegui sentir aquele tesão a ponto de querer encontrá-los e ver no que vai dar.

E agora entra outra história.

A dois anos atrás eu lecionei numa escola aqui da minha cidade, e uma professora acabou se apaixonando por mim. Eu sempre resisti as investidas dela, e sempre consegui sair pela tangente por achar desnecessário falar da minha opção sexual no ambiente de trabalho.
Acontece que esta semana ela pediu para que uma amigo dela, que hoje leciona nesta mesma escola, me adicionar no orkut (original) para tentar descobrir se eu sou gay mesmo ou não.

O fato é que eu o aceitei, e nos conhecemos ontem. Jantamos fora e depois fomos para a casa dele. Ele é uma gracinha, tem 25 anos, louro (...) um gatinho mesmo.
Ele divide a casa com mais duas outras professoras. As conheci e fomos para o quarto dele -somente nós dois -. Assim que entrei ele me beijou. E que beijo. Nossa...Senti uma coisa subindo pela a minha espinha...complicado de descrever.

Acabou que ficamos e dormi na casa dele.
Foi tudo de bom. Transamos a noite toda. E ele é muito bom no que faz.
Na segunda transa...Entorpecidos de tesão, eu o penetrei sem preservativo...Fiquei ali por uns dois minutos, mas olhei para o rostinho dele e me bateu uma dor na consciência, e tratei de por a camisinha sabor UVA que ele tinha.

Ele já está todo gamadinho...e eu não estou com aquela sensação de apaixonado, mas estou feliz por tê-lo comigo...e aí segue o que eu postei na comunidade HIV BRASIL:

"Passei por isso esta noite...

que dilema o nosso, não é?

Mas eu fiz um pouquinho sem...mas aí a consciência pesou e coloquei.

Isso é o que me deixa muito puto. Pq transar sem preservativo, para mim é uma troca de cumplicidade, confiança (...)

Ingenuidade, pq peguei o vírus num casamento...mas sei lá.
Não que eu confie plenamente no carinha que estou conhecendo...mas...

O foda é que ele comentou que era doador de sangue...ou seja...?!

Entramos neste assunto, pq ele tbém é professor e disse que quando está muito estressado ele vai doar sangue e assim consegue abonar o dia.

Fiquei meio sem ação...mas pensei comigo assim: como meus namoros nunca duram mais que três ou quatro anos...e nós temos tudo para vingar um romance...e a perspectiva de eu começar com a medicação é de 5 anos...vou viver esta minha última relação, de forma tranquila. Só não posso nunca mais me deixar levar pelo tesão, e ser consciente.

Mas é foda!"

2 comentários:

  1. Bom dia! Posso te dizer uma coisa? A ler este post agora lembro-me de algumas conversas que tive com algumas pessoas que conheço pessoalmente há um certo tempo. Acho que esse negócio de paixão como você relatou que espera sentir é algo passageiro e que não leva a gente a lugar algum.
    As pessoas que eu vejo com meus próprios olhos que tem algo construtivo em suas vidas não são as que vivem esse tipo de paixão, mas, sim, aqueles que se sujeitam a levar seus relacionanentos a sério ainda que eles não tenham mais aquele encanto esperado, ainda que haja muitas decepções e ainda que o seu conjugue não lhes dê qualquer garantia de nada, pois essas pessoas acabam tendo o pé no chão e conseguindo, junto com seus parceiros, a construção de uma vida com maior conforto e com amizades duradouras com as pesosas que já fazem parte de seu círculo de amigos. Elas adquirem, com o tempo, uma casa melhor, um carro novo, uma viagem bacana, um caozinho legal, um filho e assim vão levando.
    É verdade que elas se queixam de que o sexo não é uma coisa de "virar olhinhos" de prazer e que gostariam sim que houvesse aquele calor e aquele sentimento doido e intenso de paixão em suas vidas, mas, quando pensam em tudo o que conseguiram elas certamente me dizem que não abrem mão de seus parceiros e da "vida morna" que levam com eles em troca dessa paixão porque foi assim que conseguiram tudo o que desejaram ao passo que uma paixão, na opinião dessas pessoas, é algo ilusório e não constrói nada de sólido depois.
    Espero ao menos conseguir fazer você pensar um pouco nisso.
    Siga seu coração e esteja em paz.
    Um abraço.

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  2. Não te conheço, achei seu blog por acaso, mas acho o cúmulo do mal caratismo, vc penetrar um inocente, mesmo que por "2 minutinhos" sem preservativo. Espero que ele não se contamine,mas se o for que te meta um belo de um processo nas costas.

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