quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ATUALIZANDO

Postarei aqui o mesmo conteúdo que acabo de postar numa comunidade relacionada ao HIV, do Orkut.

Não li todas as postagens, mas assim:

Há relacionamentos e relacionamentos.

Em tese, o Kyle está certo numa parte. O (-) sempre terá uma certa neura.
Nesta comunidade eu sou odiado por alguns, amado por outros e para tantos me caibo no termo "não fede e nem cheira". Independentemente do que pensam de mim, uma coisa é fato:

- Sempre fui muito transparente, tanto aqui quanto em meu blog.
Uso os dois veículos de comunicação, quase, se não o próprio diário mesmo.

Quando descobri minha sorologia e revelei ao meu namorado, ele teve a mesma reação do cara que o Kyle mencionou, só não usou o termo aidético.

Terminamos e um mês depois ele me procurou dizendo que me amava e que me queria de volta, e bla bla bla. Porém, ele pediu para eu entendê-lo e deixar que as coisas fluam naturalmente, sem pressões. E que juntos, voltaríamos a ser como éramos antes.

Estamos juntos a pouco mais de 15 dias, ou já fez um mês, sei lá; ainda não tivemos relação (com penetração). Ele ainda não se sente seguro.

É uma situação complicada. No inicio eu achava que tudo bem, por gostar dele e por ter concordado em irmos devagar. Mas confesso que esta história já está me enchendo o saco. O mundo está girando, meus dias passando e pretendentes a mil, basta sair a procura, isso para qualquer um.

Aí me bate a questão:

- Vale mesmo a pena ficar com um cara que não se esforça em transar de verdade? Quando ele pediu um tempo, achei que isso representava no máximo alguns climas calientes (...) já tivemos vários e ainda nada.
Quando ele passou a fazer oral em mim sem preservativo, a principio eu não deixei. Ele insistiu e eu deixei a camisinha de lado. Achei isso uma grande evolução, eu certamente não correria tal risco se fosse o contrário. Com isso, pensei - daqui para a transa será um pulo - o que não é surpresa, como em tudo na vila dela, esta se tornou uma situação cômoda. Estagnou.

Em contra partida, os (+) que conheci, foram pessoas frustradas, "noiadas", e o que mais me irrita, donos daquele argumento - Você tem HIV eu tenho HIV, você tem que me namorar" - E não é assim. ninguém tem que nada. Só porque somos (+) não significa que há uma lei para que nos relacionemos.

Conhecendo um pouco mais, tive outra constatação. O mundo gay por si só é promiscuo, gay e (+) parece que chega a ser pior (salve algumas exceções).

Ainda não sei que decisão tomarei em relação ao meu atual relacionamento, porque de verdade - eu não preciso disso. - mas ao mesmo tempo, eu penso que se terminar, não ficarei buscando por (+) ou (-), apenas ficarei no sinal verde. O que aparacer, apareceu.
Se for um soronegativo (...) se eu vou contar (...) ? Não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza, tomarei todos os devidos cuidados para não infectar quem estiver comigo.

Relacionamento por si só já é complexo, na nossa situação então (...)

Esta postagem foi em resposta à abertura de um tópico, no qual um dos membros da comunidade cita não acreditar na relação entre sorodiscordantes.

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